// Senhor Imaginário (2013)Estreia | 14 de Agosto de 2013 em Montemuro Texto | baseado em contos de Vergílio Ferreira Encenação | Sara de Castro e João Brites Cenografia | João Brites Oralidade | Teresa Lima Figurinos | Clara Bento Desenho de Luz | João Cáceres Alves e David Palma Interpretação | Guilherme Noronha |
Interposto entre a sua arte e a nação, um Oleiro está à escuta das vozes caladas, dessas diminutas vozes que surgem entre classes desfavorecidas e classes trabalhadoras. Jeremias, que também é coveiro nas horas mais escuras, sorri sempre, enquanto interpela uma nação inteira, uma aldeia no cabo do mundo. Nascido dos contos de Vergílio Ferreira, este SENHOR IMAGINÁRIO viaja com a loja às costas, transportando a dúvida sobre o local onde deverá construir-se a fonte da aldeia e carregando a certeza sobre a grande razão que está por detrás da sede de todas as nações. Afinal, todos sabemos que se não dermos mais voz às minorias, seguiremos sempre o mesmo rumo. Mas ainda assim hesitamos em gritar, mesmo quando o que está em causa é a defesa da soberania de um país emancipado.
(sinopse do espectáculo) Toda a loja se punha a fermentar de abortos, de aleijões, de criaturas disformes como Deus as teria feito se estivesse bêbado quando fez os seus modelos. [...] Pode dizer-se que a arte do Imaginário o cobria todo. Vergílio Ferreira |