// Ainda Não é o Fim (2012)

Estreia | 18 de Maio de 2012, em Palmela

Texto a partir de poemas e crónicas de Manuel António Pina
Encenação João Brites | Dramaturgia Miguel Jesus e João Brites
Composição Musical Jorge Salgueiro | Espaço Cénico Rui Francisco e João Brites
Oralidade Teresa Lima | Corporalidade Vânia Rovisco
Figurinos Clara Bento | Adereços Isabel Castan
Desenho de Luz João Cachulo | Desenho de Som Sérgio Milhano





Um espectáculo de teatro que é um movimento de resistência, que é um concerto encenado, que é um arraial popular, que é uma Primavera anunciada.

Mães e filhos ocupam as ruas de uma cidade. Procuram a raíz da história e as estórias da revolução. Procuram conhecer essa Primavera que lhes escapou, essa Primavera pura e idílica que ainda sonham. Trazem anedotas, gritos e boatos. Trazem freios nos dentes, cangas às costas, baldes e sonhos, promessas de destinos desconhecidos. Resistem celebrando e celebram resistindo. Conhecem o peso dos sacrifícios e, como nós, tanto se entusiasmam e libertam como desistem e aprisionam.

AINDA NÃO É O FIM NEM O PRINCÍPIO DO MUNDO CALMA É APENAS UM POUCO TARDE

(sinpose do espectáculo)


Mãe:
Há dias em que até o mais cínico se reconcilia com o mundo. Tudo, mundo e existência, parece fazer sentido.
Filho: Talvez o coração precise de um pretexto para repousar por um momento da desesperança e os olhos para se abrirem para o calor das coisas e da alegria.
Mãe: É a Primavera, talvez seja a Primavera, entrou-nos em casa.
Filho:
Perdemos os sonhos ou são os sonhos que nos perdem?
Mãe: Resta muito pouco. Apenas transformar o mundo e mudar a vida.
Filho:
E quem vier atrás que feche a porta.