a partir do romance de VERGÍLIO FERREIRA dramaturgia e encenação MIGUEL JESUS com RUI M. SILVA, ANA LÚCIA PALMINHA, RITA BRITO e JOÃO NECA cenografia RUI FRANCISCO assistência de cenografia FÁTIMA SANTOS música JORGE SALGUEIRO figurinos CLARA BENTO desenho de luz JOÃO CACHULO e GUILHERME NORONHA criação TEATRO O BANDO
:: 4 e 5 de Setembro | festa do Avante :: 15 de Setembro | faculdade de Direito da Universidade de Lisboa EM NOME DA TERRA: a paz de saber estar com quem já esteve.
A inexorabilidade do tempo: um plano inclinado. As memórias que se desvanecem: objectos e imagens em queda. O difícil equilíbrio de corpos cobertos de uma vil nudez: a velhice. Todos nós com um olhar distante: de visita, limpos, abrigados e à sombrinha.
"Estaremos nus desde o início, sem vergonha anterior. Nudez primitiva, não a saberemos. Então mergulharemos nas águas do rio. E olharemos o céu limpo e sem estrelas. Eu baixar-me-ei e trarei água na concha das mãos. E direi para toda a história futura: Eu te baptizo em nome da Terra, dos astros e da perfeição. E tu dirás: são horas.”
EM NOME DA TERRA é um espectáculo encenado por Miguel Jesus, o qual faz parte da equipa fixa do Bando e que há muito vem dirigindo ou co-dirigindo espectáculos com João Brites. Caminhando ao longo do romance de Vergílio Ferreira, os actores debatem-se com a dificuldade de equilíbrio perante a inexorabilidade do tempo, galopantes sobre os corpos cobertos de uma vil nudez emocional: a velhice. Assim, preconizamos um espectáculo de grande impacto visual, ao ar livre, onde as memórias que se desvanecem são objectos e imagens em queda, resvalando num plano inclinado para fora do espaço e para fora de nós. EM NOME DA TERRA pretende contar essa história de amor e de desintegração.