// Os Henriques (2005)

Estreia | 30 de Julho em Palmela
Co-produção | Teatro O Bando e FIAR, Associação Cultural 
Texto de Gonçalo M. Tavares (de O Senhor Henri)

Dramaturgia, Versão Cénica, Encenação e Espaço Cénico João Brites | Assistência de Encenação Dolores de Matos | Figurinos Lucília Telmo, Dolores Matos e Clara Bento | Coordenação Geral Dolores de Matos
Agradecimentos especiais | Carlos Rafael, Ana Rafael e Maria João Trindade

Com | Grupo de Teatro As Avozinhas | Condessa, Cristina Chapa, Deolinda, Dolores de Matos, Josefina, Lúcia, Maria Alexandrina, Maria Elvira, Piedade e Violante
Um grupo de mulheres mais velhas vive numa casa com escadarias e muitas janelas. De vez em quando abrem uma janela, ladram e recolhem-se de novo em silêncio. Onde estão os homens? Os filhos e os maridos partiram para combater na guerra? Não se sabe. Sabe-se apenas que há muitos anos as mulheres se habituaram a esta situação. Será que todas elas decidiram fazer greve aos amores e mandaram os homens passear? No meio de tudo isto, uma outra mulher, mais nova, parece cuidar delas. Quem será? Uma vigilante? Uma enfermeira a regar um jardim? Uma amiga? Ou a patroa do armazém de Moscatel?

(sinopse do espectáculo)


Henriques 7: Há muitos milénios os chineses construíam a Torre das influências felizes… era uma torre muito alta feita para pedir, de mais perto, aos astros, para nos ajudarem cá em baixo.
Mulher das Riscas: Se pedires ajuda ao sul com os pés no chão o sol não te ouve?
Henriques 7: Não! Um gigante é mais ouvido pelo céu que um anão… É da matemática.
Mulher 1: Da matemática?
Henriques 7: É! Quando quiseres falar ao céu sobe à torre mais alta e grita: Aqui! Ajudem-me cá em baixo! Aqui!
Mulher 1: O problema dos mudos é, sem dúvida, a falta de voz.