// Cotovia (2007)

Estreia | 28 de Julho no Festival FIAR, Palmela
Texto | Natália Correia
Co-produção | Teatro o bando/ FIAR – Centro de Artes de Rua

Dramaturgia, Encenação e Espaço Cénico João Brites | Música Original Jorge Salgueiro | Direcção Musical e Coordenação Geral Dolores de Matos | Assistência Inês Fouto | Oralidade Teresa Lima | Figurinos e Adereços Clara Bento | Carpinteiro Mestre Espada | Iluminação João Cachulo | Música José Carinhas (percursão), Pedro Santos (acordeão) e Sofia Neide (contrabaixo) | Agradecimento especial a Armando Nascimento Rosa

Interpretação | Grupo de Teatro As Avózinhas, Dolores de Matos e Inês Fouto

Pautado pela presença do Grupo de Teatro As Avózinhas, e pela música de Jorge Salgueiro o espectáculo ilustra a poesia da autora, num ambiente que se contamina de juízos e emancipações, de condenações e liberdade. 

"Por trás do teatro que se vê existe um mundo encoberto, muitas vezes indecifrável. Neste espectáculo, A Cotovia, apenas se vai pressentir o sopro destas mulheres abnegadas em luta activa contra aquelas rotinas que aprisionam as deusas. 
Mas eu, que tive a sorte de espreitar o mundo oculto deste Grupo de Avózinhas, liderado por uma mulher ruiva e outra morena, posso assegurar que nesta escola da vida, a arte do teatro se aprende a elevar-se. Aqui, encontrei a mulher, a mãe, a pátria, a extravagância e a ousadia de uma atitude heróica; Feminina. 
Acredito que Natália Correia se associaria de bom grado a esta inesperada e emocionante homenagem.” 
 
João Brites (Encenador)


(sinopse do espectáculo)



Avozinhas Coro Cotovias
O meu corpo em chamas será o rastilho de uma fogueira que consumirá a Lusitânia ano após ano, geração após geração numa combustão invisível e prolongada pela Palavra que fulge no Ponto onde todos os nomes se reúnem na luz.

Inês Apresentador Democrata
E a profecia ia fazer-se lume duradouro porque aquele fogo ia arder sem matéria pois que era pura chama de Espírito.
E os Deuses iriam afagar as suas pombas porque estavam contentes com o que a Mulher ia fazer.


Inês Apresentador Democrata
Se as provas do crime insuficientes, as labaredas serão substituídas por uma cruz vermelha de Santo André e a sua vida será poupada.

Elvira Cotovia
O meu navio é habitar no vento/Como um castelo que não se vê por fora. / É um interior de pássaro ao relento, / Um morar sem saber onde se mora.