// Em Duelo (1986)


Estreia | 24 de Julho no Teatro Comuna
Texto | compilação de diversos textos

Dramaturgia | Antónia Terrinha, Maruga e João Brites
Encenação e cenografia | João Brites

Com | Antónia Terrinha, Maruga e Paula Só. 
Músicos e Comediantes | Jorge Laurentino, Paulo Eloy, Raul Atalaia e figuração de elementos Contra-Regra


Fruto de uma pesquisa sobre as tradições populares, «Em Duelo» representa as figuras alegóricas Miséria, Abastança e Zé Povinho. 
As duas irmãs, Ti Miséria e Madre Abastança, disputam Zé Povinho que prefere, claramente Abastança, mas Miséria, sua mulher, não lhe concede o divórcio. 
Zé, que encontra por acaso uma pistola, tenta alvejar Ti Miséria, mas, por lapso, acaba por acertar em Abundância. Pasmado com o acidente, fica mudo e por mais que se esforce a fala não vem. Assim é levado, pelas duas irmãs, em peregrinação a S. Luís Naturalíssimus, especialista em feitiços da fala, a fim de lhe curar da mudez.

(sinopse do espectáculo)



Miséria: Ah minha grande malvadona, já andas aqui outra vez?!
Abastança: Tu não me toques… Tu não me toques, minha minhoca intrometida… Hi! Minhoca introvertida é o que tu és! Não vês que ele não gosta de ti?
Miséria: Ele, ele, ah, tu desaparece-me minha grande desgraçada!
Abastança: Desaparece tu minha linguiça se não queres levar com esta chouriça!
Miséria: Santanás… Tu, desaparece-me, sai da minha vida, malvadona!
Abastança: Tu não me atentes que um dia perco a cabeça e levas-me cá uma galheta que não há santinhos que te protejam.