// ATON (1982)


Estreia | 26 de Maio em Lisboa
Texto | poemas de Horácio Manuel, actor d’O Bando

Encenação | Horácio Manuel
Cenografia e figurinos | João Brites
Luz e Som | Zé Careca

Com | Cândido Ferreira, José Pedro Gomes, Maruga, Horácio Manuel, Teresa Mónica e Zé Careca


Num planeta chamado Aton, habitado por humanos, existem dois países, governados por dois irmãos que agem no comando como se fossem um só. Os seus países são sábios. Não conhecem a guerra. A vida neste planeta é quente, as pessoas vivem a eterna grandeza da paz, sorriem. 
Este é um "espaço para reflexão, para o jogo, para a palavra e para o olhar”. 

(sinopse do espectáculo)


Homem do céu: Benditas sejam as demoras que me fazem reter nestas longínquas paragens. Nunca o meu ser esteve tão contente. Folgo por duas razões. A primeira por me entregar à preguiça do tempo, a segunda por encontrar em vós mais do que a simples companhia. Começo desejando que nos tempos próximos não encontrem solução que destrua o cristal. 
Blenda: Escarneces de mim. Desde quando vos mereço eu tão devota amizade? Não estará para vós a destruição do cristal acima de tudo?
Homem do céu: Porque me apertas-te tu tão forte quando dançámos na noite em que cheguei? 
Blenda: Ora! Tendes um corpo bem frágil e estavas muito fatigado da viagem. Se não vos tivesse eu bem enlaçado teríeis caído por terra como a mais débil das formigas.