// O VIGARISTA E O DENTISTA (1978)Estreia | 15 de Maio em Lisboa Texto escrito em resultado de improvisações Criação colectiva destinada às escolas coordenada por | José Carretas e Raúl Atalaia Com | José Carretas e Paula Massano/Raúl Atalaia |
O Arranca-Dentes, como ficou conhecido, desde pequeno nunca se convenceu que para fazer pela vida, é preciso trabalhar. Sempre teve a mania de ser grande sabichão, que era capaz de tudo fazer sem nada aprender. Já era homem barbado quando percebeu que tinha que trabalhar e ganhar a vida. (sinopse do espectáculo) Surdo: O senhor é bombeiro? Dentista: Não. Eu arranco dentes. Surdo: Pentes? Não, obrigado. Eu uso escova. Dentista: Mas eu arranco dentes. Surdo: Ah, quer um golo de aguardente? Só tenho jeropiga. Vai uma gota? Dentista: Nada disso! Eu arranco dentes. Surdo: O senhor é da família dos Vicentes? Pois tenho um tio, casado com uma tia, que andou nas Áfricas e trouxe esta coisa muito engraçada. É dente de um bicho muito raro. E como já me faltam muitos dentinhos... Tome lá. É para que saiba que, quando nós não temos cuidado com os dentes, eles caem. Eu nunca fui ao dentista e agora olhe. Dentista: Mas eu arranco dentes. Surdo: Clientes, tem você. Mas dê cá isso. Dentista: Isto é uma porcaria, lixo! Surdo: Olha o estúpido. Dê cá o dentinho. É uma recordação. Olhe que eu chamo os vizinhos. Socorro!!!! |