// João Triste (1976)


Estreia | 28 de Outubro no Cacém

Texto escrito em resultado de improvisações

Criação colectiva destinada às escolas com coordenação de | Horácio Manuel e Jacqueline Tison

Com | Horácio Manuel e Jacqueline Tison


Era uma vez um João-Triste que nunca conseguia fazer nada do que decidia fazer. Só lhe aconteciam desgraças e andava triste porque pensava que nunca havia de ser nada na vida. Um dia, sem querer, encontrou uma amiga e começou a compreender que ele, como todos os outros como ele, são capazes de tudo construir. E o João-Triste ficou contente.

(sinopse do espectáculo)


João Dó:
Ai que vida desgraçada. Não sei fazer nada (...).
Alice Ri: Mas porque falas assim?
João Dó: Já não falo, nunca mais.
Alice Ri: Mas que vais fazer?
João Dó: Cortar o pescoço.
Alice Ri: Livra. Ó minha mãezinha. Não fales assim.
João Dó: Ai falo, falo, vou deixar de falar.
Alice Ri: Não, não, tu és capaz de fazer muita coisa, de fazer tudo.
João Dó: Quem? Eu?
Alice Ri: Sim, sim, foste tu que fizeste esta casa.
João Dó: Não. Nem pensar nisso.
Alice Ri: Foste, pois. Tu és capaz de fazer muita coisa. É preciso é quereres. E ver a vida de outra maneira.
João Dó: Como? (dobrando-se de cabeça para baixo) Assim?