// QUARENTENA:: GRANDE ENCONTRO Atenção! Uma viagem clandestina a um lugar onde não se pode voltar. 40 personagens revoltados com o silêncio da realidade. 40 escritores de língua portuguesa na bagagem. 40 anos do Teatro O Bando. Data e local de embarque: Cine-Teatro São João em Palmela | 1 a 26 OUT | Qua. a Dom. às 20h Duração da viagem: 3h (mapa, transporte e alimentação incluída) Reserva de bilhete: 212336850 | bilheteira@obando.pt |
Estamos há um ano a preparar QUARENTENA. No dia 15 de Outubro de 2013 reunimos pela primeira vez as 40 personagens em Vale dos Barris, Palmela. No dia 24 de Abril, os personagens ocuparam a TSF reivindicando o direito à palavra; entre Maio e Julho, realizámos 6 concertos encenados em vários municípios, levando 3 actores e 16 músicos à Moita, ao Montijo, a Almada, a Alcanena, a Alcobaça e a Palmela; em Junho convidámos mais de 200 crianças a preencher a cidade do Seixal, participando no grande evento a que chamámos IR E VIR ABRIL ABRIR. Todas estas experiências culminam agora em Outubro, mês do nosso aniversário. De 1 a 26 de Outubro nos dias assinalados, os espectadores recebem um mapa que os levará a vários locais na vila de Palmela. Aí acompanharão as histórias destes personagens revoltados com o silêncio da realidade. De autocarro serão transportados até um lugar onde não se pode voltar. Ao longo de cerca de três horas, ouvirão histórias de personagens revoltados e apaziguados, resistentes e desistentes, deslumbrados e indiferentes. Para que conheçam todos os personagens, terão de visitar esta ilha de utopia duas vezes, num dia par, ou dia pessimista, e num dia ímpar, ou dia optimista. Porque há sempre mais que uma possibilidade. E porque alguns dias a luz é mais forte que a sombra e noutros dias a noite impõe-se à claridade. Garantimos que ao fim de 3 horas desta experiência partilhada, com 24 actores e 16 músicos, os espectadores serão devolvidos à realidade contaminada. :ATENÇÃO! Atenção. Levem convosco todos os sentimentos clandestinos. Levem os vossos livros e tudo o mais cuja matéria seja semelhante à dos sonhos. Sobretudo não se esqueçam das palavras. Levem as palavras nas mãos, levem as palavras no olhar, lembrem-se de que nem só na boca vivem as palavras. Lembrem-se que as palavras não são todas transparentes e que podem conter um gesto incendiado, um tremor, uma maré. Atenção. Inventem as vossas palavras. E inventem também o silêncio. O silêncio que nos afasta e nos aproxima. O silêncio das incertezas, das interrogações, dos gritos. O silêncio da agitação. Atenção. No nosso silêncio estamos de QUARENTENA. E de tantos silêncios está a construir-se uma palavra. Miguel Jesus |